O projeto é desenvolvido por meio de uma parceria entre a Comvides, o Instituto de Inovação Win e o Rotary Club
O Projeto Mulheres Superando o Medo, desenvolvido por meio de uma parceria entre a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comvides) do Tribunal de Justiça (TJES), o Instituto de Inovação Win e o Rotary Club, continua desenvolvendo ações mesmo em tempos de isolamento social.
Devido à pandemia de Covid-19, as aulas oferecidas às vítimas de violência doméstica em Vila Velha tiveram que ser suspensas, entretanto, o programa segue com o apoio psicológico às vítimas e encaminhamento às autoridades competentes, além de distribuição de cestas básicas doadas pelos parceiros.
Segundo a idealizadora, a economista Isabel Berlinck, há casos em que é preciso orientar as alunas no atendimento primário. “Uma das participantes do projeto, por exemplo, sofreu violência doméstica no início da quarentena e nos solicitou suporte para denunciar o agressor. Ajudamos com o disque-denúncia 180, 190 e através da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência do Tribunal de Justiça do Estado, pois o agressor fugia toda vez em que a polícia era chamada”, disse Isabel.
O Tribunal de Justiça também publicou uma orientação para que os magistrados prorroguem a validade das medidas protetivas de mulheres vítimas de violência doméstica até 30 de abril, independente de manifestação da vítima. Para saber mais, clique aqui.
Segundo a juíza coordenadora da Comvides, Hermínia Maria Azoury, nesse período de isolamento social, mesmo de forma remota, os juízes do Tribunal de Justiça do Espírito Santo estão atentos aos casos de violência doméstica. A magistrada ainda ressaltou que tem acompanhado notícias de aumento de feminicídio no mundo e que é importante que as pessoas continuem denunciando:
“Se um vizinho perceber que está havendo alguma coisa estranha, ele pode entrar em contato anônimo. As Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher estão funcionando normalmente. Se não der pra sair de casa, podem fazer o registro online. E também podem discar pro 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou disk 190 ( Polícia Militar). As pessoas não podem se calar”, disse a magistrada em podcast produzido pela Assessoria de Comunicação do TJES. fonte: tjes /portaldenoticias24horas