O delegado falou com a reportagem que ele tem muito interesse nas apurações desta operação para que tudo possa ser esclarecido
A Polícia Civil e a Secretaria de Estado de Segurança não tinham informações sobre suposta investigação que motivou ação de delegado de Piúma e dois soldados da Polícia Militar e uma residência localizada no bairro Morada do Sol, em Vila Velha, na noite de quarta-feira (28). O delegado David de Santana Gomes e os soldados juliano Araújo dos Santos e Cleyton Correia Gavi foram flagrados na ação após denúncia e tiveram que prestar esclarecimentos na Delegacia de Vila Velha.
De acordo com o titular da Sesp, secretário Alexandre Ramalho, as investigações para entender a atuação do delegado e dos militares já começaram nas corregedorias das polícias Civil e Militar. E que podem durar até 60 dias. Ele destacou, no entanto, que inicialmente ela não pareceu correta. Disse ainda que o delegado David terá que esclarecer que investigação foi a que motivou sua diligência em uma região que não está na sua competência, bem como a solicitação do apoio de justamente dois militares que estão afastados por problemas médicos.
“Tudo isso merece ser apurado. Uma atuação como essa, do delegado, só seria justificada se fizesse parte de uma investigação de sua delegacia ou o caso de situação emergencial, onde, caso ele não atuasse, perderia o flagrante, por exemplo. Agora, no caso de uma atuação programada, há todo um rito, diferentemente. Queremos saber por que convocar um policial militar afastado por problema psiquiátrico e outro por problema ortopédico”, destacou Alexandre Ramalho, sem dizer qual problema médico afastou qual soldado.
Com as dispensas médicas dadas pelo Hospital da Policia Militar (HPM) em vigor, os militares responderão pela investigação da corregedoria afastados, enquanto o delegado vai continuar trabalhando em Piúma ou em outra função dentro da Polícia Civil, conforme definição do delegado chefe, Darcy José Arruda.
“Eles continuarão em atuação, o delegado-geral e o comando da PMES estão avaliando se permanecem ou não no local durante a apuração. Não podemos fazer nenhum tipo de juízo de valor no momento, apenas colher as informações e continuar procedendo para que a verdade, além de tudo, prevaleça”.
A operação aconteceu em uma residência de propriedade de um irmão de policial militar com patente de capitão locado na Corregedoria da PMES e que foi alugada por meio de site de compra e aluguel de imóveis. Com informações de Alexandre de Souza – fonte: esemdialitoralsul /portaldenoticias24horas