Iniciativa do Programa de Educação Ambiental da Samarco, em parceria com a Caparaó Jr., constrói fossas sépticas em propriedades próximas aos minerodutos
A propriedade de Sílvio Pereira, na comunidade de Santa Luzia, em Alegre (ES), passou a contar com uma tecnologia simples que garante mais qualidade de vida e saúde e, ao mesmo tempo, contribui na preservação do meio ambiente: a construção de fossas sépticas.
A fossa séptica construída na propriedade rural de Sílvio é uma das 15 executadas dentro do Programa de Educação Ambiental da Samarco, em parceria com a Caparaó Jr. O técnico de campo da Caparaó Jr. e coordenador do projeto de construção das fossas sépticas, Ítalo Fonseca Werner, reforçou que a iniciativa faz com que os produtores possam ter melhores condições de higiene, evitando a contaminação das águas dos rios e diminuindo a ocorrências de doenças decorrentes do consumo de água contaminada, além de contribuir com o meio ambiente.
“Hoje, saneamento é um investimento social. A execução foi de suma importância para a população rural por meio da melhoria da qualidade de vida e da saúde. Com o incremento das ações de redução de impactos ambientais, as propriedades passam a ter um índice de sustentabilidade maior e podem diminuir significativamente os impactos”, falou.
Na propriedade de Sílvio Pereira, a fossa foi construída a 100 metros do mineroduto, no meio da lavoura. “É importante aprender esse método simples de tratamento de esgoto. Esse modelo de fossa gera uma água residuária no final do processo, que é rica em nutrientes, e será utilizada como biofertilizante na lavoura”, disse o produtor rural.
Iniciativa simples
A construção das fossas sépticas para tratamento primário de esgoto doméstico é uma maneira simples de tratar o esgoto.
O produtor Júlio Célio de Mendonça Rodrigues, também atendido pelo programa na comunidade de Santa Luzia, Alegre (ES), está à frente das ações de construção das fossas sépticas do projeto e explica o processo.
“As fossas são muito simples de serem instaladas, mas requer um pouco de prática e os materiais necessários. É importante saber a quantidade de pessoas que utilizam o sanitário diariamente, de forma a possibilitar o melhor projeto com as devidas capacidades. Neste tipo de fossa séptica só entra o material que vem do vaso sanitário. Água de pia e de ralo tem que seguir por outro caminho, devido à presença de detergente e sabão, que matam os microrganismos necessários para a decomposição do esgoto”, completou.
Júlio explicou ainda que a manutenção é simples e pode-se utilizar esterco bovino para liberar microrganismos que vão auxiliar na decomposição do material, além da liberação do material contido no último estágio de filtragem, de tempos em tempos a variar pela utilização do sanitário de cada residência beneficiada.
“A melhoria da qualidade do café é a forma de garantir sustentação econômica para as propriedades rurais, mas o Programa de Educação Ambiental vai além ao propor iniciativas que permitem a implantação de técnicas simples e viáveis como a instalação de fossas ou na preservação de nascentes, por exemplo”, avaliou Guilherme Louzada, analista de Relações Institucionais da Samarco.
Parceria
Há 10 anos, a Samarco e a Caparaó Jr., juntamente com o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) – Campus de Alegre promovem desenvolvimento, qualificação, produtividade e melhoria de renda para a região, por meio do Programa de Educação Ambiental. A iniciativa já contemplou cerca de 1.200 cafeicultores de 33 comunidades de 11 municípios do Espírito Santo e de Minas Gerais. A Caparaó Jr. é uma empresa formada por alunos do Curso Superior de Tecnologia em Cafeicultura do Ifes – Campus de Alegre-ES.