O ex-senador Ricardo Ferraço ainda é um dos cotados no mercado político capixaba
As disputas pelo comando do União Brasil (UB) nos estados têm incomodado deputados, podendo ser risco em palanques regionais e ameaçado provocar a saída de políticos que estavam encaminhados ou até já filiados à nova sigla, que nasceu da fusão entre DEM e PSL há cerca de um mês. A situação é generalizada e também atinge ao Espírito Santo.
Informações dão conta que em decisão nacional o ex-senador e pré-candidato a governador, Ricardo Ferraço, foi definido no comando do União Brasil (UB) em território capixaba. Ele, que já vinha presidindo de forma provisória o DEM do Espírito Santo, seguirá na condução do novo partido, coordenando as conversas em todos das eleições 2022.
Uma decisão que desagrada o deputado federal e também pré-candidato a governador, Felipe Rigoni. O parlamentar trabalha para viabilizar sua candidatura, mas algumas situações estão impondo dificuldades. Pelo menos no União Brasil.
Mesmo recém-filiado, Rigoni é um dos nomes que pode desistir do “44”, por falta de espaço. A deputada federal, Norma Ayub, que também já presidiu o DEM no Espírito Santo, foi uma das que “bancou” o nome de Ricardo. Ele defende a candidatura dele ao governo capixaba.
Nos bastidores, a indefinição é interpretada por políticos das duas alas como uma queda de braço para saber quem ditará os rumos da nova legenda após a eleição: se o secretário-executivo do União Brasil (UB), ACM Neto, ex-presidente do DEM, ou o vice-presidente Antônio Rueda, que exercia o mesmo cargo no PSL. A expectativa de ambos é que o UB continue como uma das principais forças do Congresso em 2023.
A junção dos dois partidos, contudo, está causando ruídos em diversos Estados, como Maranhão, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Ceará e Piauí.
O ex-senador Ricardo Ferraço ainda é um dos cotados no mercado político capixaba como melhor opção para compor chapa de reeleição com o governador Renato Casagrande (PSB).
Com informações de Valor Econômico