por Leticia Carnelli Pratti Junqueira*
Amplamente debatida e estudada no meio acadêmico, a construção de uma estratégia organizacional consistente é um dos pontos cruciais para o sucesso de uma empresa. Afinal, estabelecer a visão de futuro corporativa, ou seja, aonde se quer chegar, é uma das atribuições de maior relevância da alta administração e um grande desafio.
É necessário um planejamento de ações coordenadas, considerando as diversas variáveis inerentes ao negócio, seus pontos fortes e fracos, ameaças internas e externas, além do envolvimento de toda a organização.
Não há estratégia de sucesso que aconteça apenas no topo da pirâmide de poder. A mesma precisa ser traduzida para todos os envolvidos nos processos, das atividades mais simples as mais complexas, de modo que seja completamente absorvida.
A estratégia não acontece sem pessoas.
Sem a construção coletiva das metas e ações de curto, médio e longo prazo, a estratégia organizacional não passa de um emaranhado confuso de papeis sem utilidade. Tão importante quanto alocar corretamente os recursos tangíveis, é conhecer as pessoas responsáveis pela condução do plano.
Um rumo realista e bem fundamentado com metas claras e possíveis é essencial para que qualquer organização trilhe um caminho de sucesso. Entretanto, um dos pilares de maior importância dentro dessa equação são os colaboradores que de fato colocarão a mão na massa.
Fato é que, pessoas lutam e defendem aquilo em que acreditam. Ou seja, sem inspiração não há transpiração. Cada indivíduo tem suas crenças, valores e vivências pessoais que moldam sua personalidade e acabam por construir sua conduta dentro da empresa e, consequentemente, a maneira como enxergará os desafios estratégicos propostos.
Por essa razão, é imperioso que, ao iniciar um processo de construção de uma nova estratégia, os gestores se empenhem em conhecer os responsáveis por levar a organização ao patamar esperado. O que os inspira, o que os motiva, pelo que trabalham, o que os faz sonhar.
Em outras palavras, como os convencer a abraçar o plano e lutar por ele. Essa pode ser a chave para que a estratégia organizacional tenha o desfecho esperado de todo planejamento ao ser concebido: que seja colocado em prática e alcance os resultados esperados.
*Leticia Carnelli Pratti Junqueira, formada em Administração e colaboradora do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes)