José Roberto Santos Neves vai falar sobre seu novo livro, “Os Sons da Memória – Uma Leitura Crítica de 40 Discos que marcaram época na Música do Espírito Santo”, no dia 09 de fevereiro, pelo YouTube da Editora Cândida
A discografia da música popular produzida no Espírito Santo é o tema da palestra online que o jornalista e escritor José Roberto Santos Neves vai realizar no dia 09 de fevereiro, às 20h, com transmissão pelo YouTube da Editora Cândida. Inspirada no mais recente livro do autor, “Os Sons da Memória – Uma Leitura Crítica de 40 Discos que marcaram época na Música do Espírito Santo”, o projeto foi selecionado pela Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc – Edital nº 06/2021 – Seleção de Atividades de Difusão de Arte e Cultura em Formato Virtual, por meio da Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Cultura de Vila Velha.
A palestra online “Os Sons da Memória” consiste numa live de 50 minutos de duração sobre a historiografia da música no Estado do Espírito Santo desde o Brasil Colonial até o momento atual, com foco nas últimas sete décadas, quando a produção musical se solidificou por meio de discos gravados por músicos capixabas e que construíram suas carreiras no Estado.
Jornalista, crítico musical, pesquisador de MPB e escritor, José Roberto Santos Neves atuou durante 20 anos na cobertura musical do jornal A Gazeta e tem seis livros publicados na área da música popular.
Na palestra online, o autor se propõe a destacar a trajetória de cantores, compositores, regentes e instrumentistas que contribuíram de forma indelével para a identidade musical do Espírito Santo. A seleção de discos analisados compreende LPs e CDs lançados desde a década de 1950 até a contemporaneidade, compondo um mosaico de sons que se propõe a ilustrar uma trajetória rica e diversa, e que perpassa diferentes gêneros musicais.
Entre os personagens da história musical capixaba o autor cita nomes como Carlos Cruz, Raul Sampaio, Maurício de Oliveira, Carlos Poyares, Hélio Mendes, Trio Caiçara, Achiles Siqueira, Gilberto Garcia, Maria Cibeli, Aprígio Lyrio, Afonso Abreu, Ester Mazzi, Sérgio Benevenuto e Paulo Sodré. “São músicos de diferentes estilos e que construíram uma obra relevante, com registro em disco, pavimentando uma estrada de sons e melodias para as novas gerações”, comenta o jornalista.
Na pesquisa de Santos Neves, a geração dos anos 1980 é representada por Carlos Bona, Carlos Papel, Guto Neves, João Pimenta e Lula D’Vitória, assim como o pop dos anos 1990 se faz presente na análise dos discos das bandas Manimal e Casaca. A produção pós-anos 2000 contempla a potência criativa de Fabiano Araújo, Pedro de Alcântara, Wanderson Lopez, Saulo Simonassi e Hariton Nathanailidis, entre outros nomes que transitam pelo jazz, o choro e a música instrumental de boa cepa.
“Uma das principais motivações para a realização desta palestra é a ausência de informações do público sobre a historiografia da música do Espírito Santo. A bibliografia relacionada a este tema muitas vezes permanece restrita ao acervo de instituições como a Faculdade de Música do Espírito Santo Maurício de Oliveira (Fames), o Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES), bibliotecas e coleções particulares”, observa o escritor, que cita os livros “Música Popular Capixaba – 1900-1980”, de Osmar Silva, e “Carnaval 100 Anos”, de Anselmo Gonçalves, como obras importantes para a compreensão da evolução musical no Estado. “São livros que permanecem fora de catálogo, assim como os LPs produzidos pelo Departamento Estadual de Cultura (DEC) na década de 1980 dentro da Série Fonográfica”, detalha.
Entre as curiosidades que farão parte da palestra está a citação da cidade de Vila Velha como berço da atividade musical no Brasil. “Conforme relatam os pesquisadores Ary Vasconcellos, no livro “Raízes da Música Popular Brasileira” (Rio Fundo Ed., 1991); e Luiz Heitor, em “150 anos de Música no Brasil” (Ed. José Olympio, 1956), o primeiro registro da atuação de um músico no Brasil se deu na antiga Vila do Espírito Santo (mais tarde Vila Velha), quando da vinda do cantor, bandurrista e tocador de viola renascentista português Francisco de Vacas, nomeado provedor da Fazenda e juiz da Alfândega em 1550”, destaca o pesquisador.
CONFIRA:
Palestra online “Os Sons da Memória – Uma Leitura Crítica de 40 Discos que marcaram época na Música do Espírito Santo”
Com José Roberto Santos Neves
Data: 09 de fevereiro
Horário: 20h
Onde: no YouTube da Editora Cândida
Projeto selecionado pela Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc – Edital nº 06/2021 – Seleção de Atividades de Difusão de Arte e Cultura em Formato Virtual, por meio da Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Cultura de Vila Velha.
“José Roberto firmou-se como jornalista competente e equilibrado, e posso transferir esses dois adjetivos para a comarca literária, na qual ele, à vontade, nutre-nos de elucidações e seriedade.”
Francisco Grijó – “José Roberto Santos Neves, com sua astúcia investigativa de jornalista e sensibilidade como músico, resgata momentos importantes da música popular no Espírito Santo num dos períodos mais férteis, marcado pelas gravações de discos vinis e, depois, CDs.”
Rogério Coimbra
SOBRE O AUTOR – Natural de Vitória, o jornalista, escritor, pesquisador de MPB e gestor cultural José Roberto Santos Neves atuou durante 20 anos na cobertura musical do jornal A Gazeta, tem dois CDs gravados e seis livros publicados na área da música: “Maysa” (2005), a primeira biografia da cantora Maysa; “A MPB de Conversa em Conversa – 40 Entrevistas com Grandes Nomes da Música Popular Brasileira” (2007); “Rockrise – A História de uma Geração que fez Barulho no Espírito Santo” (2012); “Crônicas Musicais e Recortes de Jornal” (2015); “O Pop que fez História por essas Bandas – Arranjos para Orquestra de Violões” (textos e pesquisa – FAMES, 2020); e “Os Sons da Memória – Uma Leitura crítica de 40 discos que marcaram época na música do Espírito Santo”, além de diversas participações em antologias e coletâneas.
O autor é membro da Academia Espírito-Santense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Em função de sua contribuição para a historiografia da música popular brasileira, desde 2017 foi incluído como verbete no Dicionário Cravo Albin da MPB.