Com estimativa de mais de 500 candidaturas em 2020, postulantes vão precisar de profissionais para alavancar as campanhas eleitorais
As eleições municipais de 2020 se aproximam e, com isso, a oportunidade de empregos, mesmo em meio à pandemia de coronavírus, cresce. Serão mais de 500 mil candidatos fazendo campanha eleitoral em todo o país e, como consequência, precisando de serviços de profissionais qualificados em diversas áreas.
Segundo o consultor e professor de marketing político, Marcelo Vitorino – que coordenou a campanha do então candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella –, a expectativa é que, no mínimo, 1,5 milhões de vagas sejam geradas. Ele, contudo, relata a dificuldade em encontrar profissionais qualificados para trabalhar na área política.
“Nós teremos mais de 500 mil candidaturas em todo o país. Cada candidato conta com pelo menos um assessor de comunicação. Mas, na média, esse número costuma ser três ou quatro vezes maior”, disse o especialista, chegando na estimativa de oportunidades de empregos a serem abertos.
Vitorino explica que a comunicação política vem aumentando no país e fazendo com que os candidatos falem diretamente com o eleitor através das redes sociais. Por isso, além de assessores, os políticos agora precisam de profissionais que saibam impulsionar conteúdo. “O mercado mudou. A política e os profissionais precisam se adequar aos meios virtuais”, disse.
Perfis e remuneração
O especialista citou os cargos mais procurados, suas funções e também quanto ganha, em média, cada profissional. De acordo com Vitorino, há muitas oportunidades em aberto, mas poucas pessoas se especializaram na área.
Redator político: o coração de toda a campanha eleitoral é o redator político, pois ele tem a função de vender a imagem do candidato. Esse profissional pode ganhar um salário de R$ 4 mil em municípios pequenos e chegar a embolsar R$ 20 mil em capitais.
Jornalista: o jornalista é o segundo cargo mais procurado pelos políticos. Os profissionais também auxiliam na campanha e podem receber de R$ 2 mil, em cidades pequenas, a R$ 10 mil em capitais.
Analista de mídia social: a responsabilidade de impulsionar os conteúdos referentes ao candidato é do analista de mídia social. Esses profissionais podem começar ganhando R$ 1,5 mil e chegam a receber até R$ 6 mil.
Analista de mídia on-line: O analista de mídia on-line difere do analista de mídia social porque precisa ter qualificação e experiência com inteligência virtual. Esse é o perfil mais procurado e quase não existem profissionais aptos a ocupar as vagas. A remuneração varia entre R$ 4,5 mil e R$ 10 mil.
Gerente de comunidade: Esses profissionais são responsáveis por falar diretamente com os seguimentos, como o trabalho dos cabos eleitorais antigamente. Os salários variam de R$ 4 mil a R$ 8 mil.
Como me qualificar?
Marcelo Vitorino separou dicas para quem quer seguir na área do marketing político e aproveitar as oportunidades durante as eleições municiais deste ano. O especialista reclama da falta de profissionais qualificados, mas garante que a determinação é a peça-chave para o sucesso nesse setor.
- Saber como funciona a política, os partidos e uma eleição.
- Assistir filmes e séries sobre política, para entender de uma maneira mais didática.
- Buscar materiais abertos na internet sobre marketing político. Veja o canal do YouTube de Vitorino.
- Seguir colunistas e ler conteúdos de política.
- Se possível, fazer cursos virtuais.
“É uma carreira que começa no ano eleitoral, mas você pode seguir o resto da vida”, finalizou o especialista. fonte: metropoles /portaldenoticias24horas