Dono do Grupo Itapemirim, Sidnei Piva, está envolvido em mais um imbróglio, desta vez ligado a criptomoedas. De acordo com o portal Congresso em Foco, investidores acusam o grupo de Piva, junto a outras empresas, de um calote de quase R$ 400 mil investidos na CrypTour, criada pela companhia de viagens.
O braço de aviação do grupo passa por uma crise desde a última sexta-feira (17/12), quando suspendeu operações no Brasil e cancelou voos já em taxiamento. No sábado (18/12), o assunto foi pauta na mídia e desencadeou diversas repercussões como a dos guichês vazios da Itapemirim no aeroporto de Guarulhos e a dos passageiros que dormiram no aeroporto de Brasília.
Segundo a reportagem, as 30 milhões de moedas postas à venda tinham valor de US$ 1 e prometiam valorização de 600% ao fim de seis meses – com lucros de 3600% após um ano de investimento. Piva negou a propriedade da Itapemirim sobre o negócio digital, mas documentos obtidos pelo portal apontam que “o projeto CrypTour nasceu como iniciativa interna de inovação em tecnologia na Itapemirim Airlines”.
A partir de setembro deste ano, porém, os investidores passaram a se queixar de dificuldades na consulta de saldos ou mesmo no resgate de valores investidos na moeda digital. Vítimas alegaram que entraram no negócio pela aura de confiabilidade que o nome de uma empresa aérea emprestou ao empreendimento. Um grupo foi criado em redes sociais para facilitar a comunicação entre pessoas prejudicadas pelo esquema.
De acordo com o proprietário da companhia aérea, ele é outra vítima do golpe, não autor, e há um boletim de ocorrência registrado “em delegacia especializada”. No entanto, vídeos no canal da criptomoeda no Youtube divulgam que “85%” do empreendimento pertence a Piva.