Segundo a BRK, o cachoeirense é referência nacional em economia de água
por Basílio Machado
O período de seca pelo qual o país passa, que tem ameaçado a geração de energia feita pelas usinas hidrelétricas, não vai comprometer o abastecimento de água tratada em Cachoeiro de Itapemirim. A afirmação foi feita pelo gerente operacional da BRK Ambiental, Jocimar de Assis Alves, em entrevista exclusiva na tarde desta quinta-feira para o Portal de Notícias 24 Horas.
Segundo Alves, a vazão atual do rio Itapemirim ainda está muito além da necessidade de consumo da população cachoeirense. A informação tranquiliza muita gente que já demonstrava preocupação de ver as torneiras de suas residências secas num momento em que a higiene é fundamental para o controle da pandemia provocada pela Covid-19.
Nas últimas medições feitas pela BRK, o Itapemirim tem passado por Cachoeiro com volume de até 30 mil litros de água por segundo. Desses, a concessionária utiliza 400 litros por segundo para abastecer a cidade. Dados da BRK ainda mostram que no inverno o consumo cai, em média, cerca de 10%.
“Nossa capacidade instalada para tratar a água é o dobro da que captamos hoje, portanto, não temos risco de racionamento” – disse o gerente. Alves acrescentou que, mesmo numa situação mais severa de vazão do rio, a empresa comunicaria com antecedência à população com a devida antecedência.
Sem desperdício
Apesar da situação confortável, a BRK segue estimulando os consumidores a manter as medidas de economia para evitar gastos financeiros. O gerente da empresa até teceu elogios aos cachoeirenses. Segundo “Nossa população está cada vez mais consciente e hoje é referência no Brasil” – enfatizou.
O afago do gerente da BRK faz sentido. Hoje, o consumo per capta do cachoeirense é de 120 litros por dia. No país, a média é de 150 litros/dia. Num passado recente, esse consumo era bem maior. “Hoje nós tiramos menos água do rio para tratar do que em 1998, apesar da população ter aumentado muito. Isso reflete também a queda nas perdas totais, que passou de 60% para 23%” – explicou Jocimar.
A contagem de perdas totais leva em conta os vazamentos, tanto na rede de abastecimento quanto nas residências.