Primeira churrascaria vegana do Brasil é em solo capixaba
Do tupi-guarani, panapaná é a palavra usada para descrever o coletivo de borboletas que migram em determinadas épocas do ano, formando uma espécie de nuvem por onde sobrevoa. O fenômeno sazonal, comum no Brasil em estações específicas do ano, gera grande admiração. Esse também foi o nome escolhido para um espaço diferente em Vitória-ES: uma churrascaria vegana. A escolha foi da proprietária, Tais Cavati, e do marido, Matias Salem. “Foi uma forma de eternizar a vinda do nosso filho Miguel”, contou Tais Cavati.
A ideia é original: não é todo dia que se vê por aí uma churrascaria vegana. A proposta é uma novidade para o mercado. A verdade é que, mesmo com a restrição de alguns alimentos, como mel, leite, ovos, queijo e a própria carne, todos os itens tradicionais do churrasco podem ser encontrados no cardápio da casa. Isso porque as possibilidades para preparar as “carnes” são extensas: soja, feijão, jaca, lentilha, beterraba, entre outros. Sem produtos de origem animal nas receitas, o chef Matias Salem adapta os mais diversos ingredientes aos pratos convencionais: feijão tropeiro, hambúrguer, linguiça e espetinhos que compõem o menu da churrascaria.
Matias Salem é argentino e, anteriormente, gerenciava uma casa de parrilla de carnes, também na Grande Vitória. Residente no Estado há 11 anos, ele optou pelo veganismo e decidiu buscar, junto com a esposa, alternativas para um empreendimento que estivesse alinhado aos seus valores. Assim surgiu a Casa Panapaná, que se propõe a ser um espaço de convívio e de troca de experiências transformadoras.
Mesmo diante de uma situação aparentemente desfavorável, devido ao ineditismo e por ter sido aberto em meio à pandemia, o Bandes acreditou no projeto do casal. Afinal, esse é o papel do banco capixaba, acreditar e impulsionar negócios que vão contribuir para o desenvolvimento do Estado.
Muito mais que um restaurante
O restaurante é um espaço colaborativo, localizado em Vitória, e dispõe de várias salas para acolher reuniões, aulas de yoga, rodas de conversa e eventos diversos. Taís Cavati explicou que o fato de o imóvel ser uma casa, com jardim e espaço aberto, possibilita a criação de ambientes diferentes, tudo pensado intencionalmente.
“Inicialmente, pensamos em um sítio para que as pessoas tivessem contato com o veganismo durante a estada, mas na época não era possível. Já tínhamos em mente o que queríamos para o lugar. Por isso, a escolha de uma casa com jardim foi influenciada por esse nosso sonho”, disse Tais Cavati.
Além disso, ainda segundo a empreendedora, cerca de 80% dos clientes são carnistas, ou seja, não veganos. Isso surpreende e alegra a família Salém, pois o intuito da Casa Panapaná é receber públicos diversos, sem restrições. “A Casa Panapaná se estende para além de um local de refeições. É também um ambiente de bem-estar e lazer”, complementou Taís Cavati.
Desafios da pandemia
As portas do restaurante abriram em dezembro de 2020, ainda no decurso da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), o que foi desafiador para Tais Cavati e Matias Salem. Abrir um negócio inédito como uma churrascaria vegana demandou esforços da família para superar algumas barreiras. Para isso, eles contaram com recursos do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e conseguiram um “fôlego“ para dar prosseguimento ao negócio. Com os recursos, foi possível dar passos importantes para manter o empreendimento de pé e voltar a sonhar em tirar o sítio Panapaná do papel.
“O crédito emergencial, com recursos subsidiados pelo Governo do Estado, do Fundo de Proteção ao Emprego, foi destinado para o fluxo de caixa da empresa. A Casa Panapaná, que nasceu em meio à pandemia da Covid-19, é um espaço aconchegante e multifuncional, com atividades voltadas para a saúde física e mental. O destaque é o restaurante, a primeira churrascaria vegana do Estado”, explicou Danielle Corradi, a gerente de Negócios do Bandes, que atendeu aos empresários.
A hora da retomada
O banco de desenvolvimento expandiu seus recursos de financiamento para capital de giro emergencial destinado a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) capixabas. A linha recém-lançada Bandes Retomada abre mais uma possibilidade de acesso ao crédito, dispondo de, aproximadamente, R$ 170 milhões para apoiar negócios dos mais diversos setores produtivos que estão buscando expansão. Além disso, a nova linha também tem o objetivo de impulsionar a inclusão de gênero, atribuindo o percentual mínimo de 20% dos financiamentos para empresas lideradas por mulheres.
Condições operacionais:
Valor financiável: de R$ 50 mil até R$ 5 milhões
Amortização: 60 meses com carência de até 12 meses
Total: 60 meses
Juros: 0,41% ao mês + Selic
Conheça a Casa Panapaná:
Instagram: @panapana.casa
(27) 99795-6157
Informações sobre linhas de financiamento:
www.bandes.com.br/emergencial
faleconosco@bandes.com.br