por Basílio Machado
Outro dia comentei aqui sobre a projeção do prefeito de Cachoeiro, Victor Coelho, nos cenários estadual e nacional. No primeiro caso, assumindo a presidência da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes); e no segundo, tomando posse na vice-presidência digital da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP). Como pano de fundo dessas ações, coloco o processo eleitoral de 2022.
Vamos lá. Não me parece que Victor tenha intenção de deixar o mandato no meio do caminho. Para o ano que vem, ele tem peças mais importantes no tabuleiro para mexer. Por exemplo: preparar o nome do vice-prefeito, Ruy Guedes, para um teste eleitoral pra valer. Ou seja, uma candidatura proporcional onde saber-se-á se Guedes tem estofo eleitoral para sucedê-lo em 2024, quando, aí sim, estará em jogo seu legado político-administrativo.
Noutra mão, é corrente que o Palácio Bernardino Monteiro vê com bons olhos uma eventual candidatura da secretária municipal de Esportes, Lilian Schmidt. Apostar tudo num só candidato seria arriscado demais para o prefeito e pode comprometer o prestígio que vem alcançando fora das quatro linhas do município. Alguns podem dizer que ainda é cedo ainda para ilações. Pode ser, mas a próxima eleição sempre começa ontem.
O que ainda não vi com clareza é um movimento do prefeito em direção a algum vereador. Explico. Uma candidatura nascida na Câmara de Vereadores, se convergente, dá prestígio à Casa de Leis. Certamente, teremos vereadores candidatos em 2022, nem que seja para manter o nome na praça ou cumprir acordos partidários. A unção do prefeito a uma dessas candidaturas nascidas na base de apoio mantém a tropa unida.
Voltando ao coronel Guedes. A eleição do próximo prefeito será fundamental para dar suporte ao projeto político de Victor para 2026. E será, certamente, mais uma tarefa “impossível” em sua trajetória. Para se ter uma ideia, basta lembrar que Ferraço nunca conseguiu eleger um sucessor. Valadão, Casteglione e José Tasso também não. Se o fizer, Victor Coelho pode sim pensar mais alto. Talvez até em outro palácio, aquele do padre.
Até.