Concluir os estudos e conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho. Esse sempre foi o desejo de muitos jovens. No entanto, com as mudanças econômicas e sociais, esse quadro vem se modificando e é cada vez maior o número de pessoas que estão decidindo empreender. Essa é uma realidade vivida pelos jovens do Estado, que estão obtendo êxito no comando de pequenos negócios.
Somente no Espírito Santo, segundo dados da Receita Federal, cerca de 75 mil jovens estão à frente de empresas em variados segmentos, que vão desde culinária, beleza, acessórios, entre outros. A Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo do Estado (Aderes) apoia esses pequenos negócios.
Esse é o caso da empreendedora Renata Patrocínio, 27 anos, também conhecida como “menina da pipoca”. Nascida na cidade de João Neiva, ela veio para Vitória, com o objetivo de cursar Gemologia na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Porém, longe de casa, criou alternativas para ter uma renda extra. Foi a partir daí que nasceu o despretensioso negócio com a pipoca.
“Meu objetivo, na época, era ganhar um dinheirinho para gastar com pequenas coisas. O tempo foi passando e o incentivo vinha dos elogios dos amigos, falando que as pipocas eram deliciosas. Meu produto foi ficando conhecido na faculdade, como a pipoca da ‘menina do laço’, fazendo referência ao acessório que usava no cabelo, minha marca registrada. Assim surgiu a ‘Doce Laço Pipoqueria’”, contou Renata Patrocínio.
Ela contou que o desejo é tornar o pequeno negócio a primeira fonte de renda. “Estou trabalhando para isso. Hoje, conto com diversos sabores como, por exemplo, nossa queridinha de nutella, que é o carro chefe da empresa. Minha opção é por utilizar os melhores ingredientes do mercado para garantir qualidade e o sabor do meu produto. Só quem provou nossa pipoca sabe que não estou mentindo”, comentou a empreendedora.
A empreendedora Carolina Ávila (foto principal), 26 anos, resolveu empreender durante a pandemia. Ela que é ourives abriu uma oficina em Vila Velha, local que fabrica joias de prata e ouro, que vão desde as mais simples até as mais luxuosas do mercado. Um dos diferencias da empreendedora é compartilhar com os seguidores das redes sociais o dia a dia da produção. “Isso é uma coisa nova na área, pois os ourives não costumam se expor. Depois que terminar a graduação vou pensar em expandir”, disse.
Já a confeiteira artística Larissa Rigo, 24 anos, começou a empreender aos 17 anos, fazendo bolos e doces para amigos e familiares. Foi a partir desse momento que surgiram as encomendas para festas. “Sempre gostei de trabalhar com modelagens em biscuit, mas tinha alergia e não podia continuar utilizando o material. Então, encontrei uma alternativa para continuar a fazer o que gostava e fui trabalhar com os doces. Hoje, faço bolos esculpidos, flores comestíveis, entre outros produtos. Para isso, desenvolvi uma pasta de chocolate que me proporciona o acabamento perfeito no produto”, destacou.
O diretor-presidente da Aderes, Alberto Farias Gavini Filho, disse que a autarquia desenvolve ações para apoiar esses pequenos negócios, como, por exemplo, as feiras para comercialização de produtos, as capacitações, cursos, entre outras ações desenvolvidas. “O objetivo do Governo do Estado é criar políticas públicas que proporcionem o desenvolvimento dos pequenos negócios no Espírito Santo”, salientou Gavini.