Em Cachoeiro de Itapemirim-ES, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) deu início à vacinação contra a Covid-19 em adolescentes em setembro. Apesar disso, mais de 2 mil pessoas na faixa de 12 a 17 anos ainda não foram receber a primeira dose do imunizante, disponível na rede municipal de saúde.
Para alcançar esse público e ampliar a cobertura vacinal no município, a secretaria tem adotado estratégias como a vacinação em escolas públicas e particulares. Entretanto, há muitos casos de pais e responsáveis que não estão autorizando seus filhos a se vacinarem.
A Semus ressalta que, ainda que seja um grupo menos atingido pelas formas graves da Covid-19, os adolescentes não estão imunes à doença. Além disso, transmitem o coronavírus da mesma forma que os adultos.
“Portanto, é necessário que eles sejam vacinados, para que se alcance a chamada imunidade coletiva, quando muitas pessoas ficam imunes a uma infecção e isso dificulta a ampla transmissão do vírus”, explica o secretário municipal de Saúde, Alex Wingler.
Vacina é segura para adolescentes
A vacinação em adolescentes é feita com o imunizante da Pfizer, testado para essa faixa etária e utilizado em vários países. Os casos suspeitos de reações adversas já foram descartados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Especialistas também consideram que os riscos por não se tomar a vacinam superam, em muito, possíveis efeitos indesejáveis do imunizante.
Segunda dose em atraso
Além dos adolescentes sem a primeira dose, cerca de 10 mil cachoeirenses estão com a segunda dose atrasada. Para alcançar a classificação de risco “muito baixo”, que permitiria o fim da maior parte das medidas restritivas, é preciso que a população da microrregião em que Cachoeiro está inserido tenha: 80% de adultos maiores de 18 anos vacinados com as duas doses ou vacina de dose única; 90% dos adolescentes de 12 a 17 anos com, pelo menos, uma dose recebida; 90% dos idosos com dose de reforço recebida; disponibilização de um local de testagem livre para Covid-19 em todos os municípios.
“Nós já alcançamos mais de 270 mil doses aplicadas, mas é necessário ampliar esse número ainda mais, para que não haja um retorno do aumento de casos – como tem ocorrido em vários países – e para que cheguemos ao ‘risco muito baixo’. Diante disso, fazemos um apelo para que os pais levem seus filhos para se vacinar e para que os demais grupos não deixem de completar o esquema vacinal”, pede o secretário Alex Wingler.
Vacine-se!
A vacinação contra a Covid-19 é realizada, rotineiramente, de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e na Policlínica Municipal Bolívar de Abreu (Centro Municipal de Saúde) – sem necessidade de agendamento. Nesta semana, 24 UBS estão com horário estendido para vacinação, até as 19h.
Devem se vacinar: pessoas a partir de 12 anos que ainda não tomaram a primeira dose; pessoas que estão com a segunda dose atrasada ou por vencer; pessoas de 60 anos ou mais que devem receber a dose de reforço; imunossuprimidos (baixa imunidade), desde que tenham tomado as duas doses ou a vacina de dose única há mais de 28 dias; profissionais de saúde, desde que tenham tomado a segunda dose ou vacina de dose única há seis meses ou mais.
Para os idosos, houve redução do tempo de espera entre a segunda dose e a dose de reforço de cinco para quatro meses.
No caso das pessoas que precisam tomar a segunda dose, poderão se vacinar quem recebeu vacina: da Astrazeneca, há mais de 56 dias (8 semanas); da Pfizer, há mais de 56 dias (8 semanas); da Coronavac, há mais de 28 dias (4 semanas).
Também passou a ser permitido que pessoas que tomaram a vacina da Astrazeneca, há 56 dias ou mais, recebam a segunda dose com o imunizante da Pfizer.
Para receber a vacina, é necessário mostrar documento de identidade, cartão de vacinas e cartão do SUS ou CPF.