A vice-governadora do Estado, Jacqueline Moraes, esteve na Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP), nesta quarta-feira (25), em agenda alusiva “Agosto Lilás”. A ARSP é a primeira e única agência reguladora com 100% de mulheres em postos de comando no Brasil, que conta com 86 instituições similares.
Em mais de 20 anos, é a primeira vez que o Brasil tem uma agência reguladora dirigida apenas por mulheres. A Agência de Regulação conta com quatro diretorias e todas elas são ocupadas por mulheres. São elas: Joana Moraes Resende Magella, diretora-presidente; Bárbara Carneiro Caniçali, diretora Administrativa e Financeira; Kátia Muniz Côco, diretora de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária, e Debora Cristina Niero, diretora de Gás Canalizado e Energia.
“Vocês, que formam o grupo de ‘Mulheres na Regulação Capixaba’, ao se mostrarem, vejo isso como uma atitude corajosa, como algo justo e necessário. Quando falamos em mulheres ocupando o seu lugar de fala é, apenas, nos colocando em nosso lugar de direito. Pensar no empoderamento feminino desta forma é pensar na diversidade não somente em termos teóricos, mas em termos práticos de representação, já que a invisibilização paira sobre o sujeito mulher”, argumentou a vice-governadora.
No encontro, foram celebradas as recentes conquistas com a ocupação nos cargos de lideranças e discutidas as dificuldades enfrentadas no ambiente profissional e a luta por igualdade de oportunidades.
Diretoria ARSP
Para Joana Magella, diretora-presidente da Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo, existe uma urgência em desconstruir a cultura machista, ainda arraigada na sociedade, para se ter mais mulheres em cargos de gestão e, consequentemente, reduzir a desigualdade de gênero no mercado de trabalho.
“Hoje, o Estado pode se orgulhar neste sentido, haja vista que temos a única Agência Reguladora comandada por mulheres. A confiança depositada pelo governador em nós comprova que o governo capixaba valoriza e reconhece a competência feminina. Nosso papel como gestoras mulheres é incentivar outras mulheres, criar oportunidades para que elas possam demonstrar seu profissionalismo. Portanto, no mês do ‘Agosto Lilás’, que representa a conscientização e o combate à violência contra a mulher, me sinto honrada de receber a visita da nossa vice-governadora Jacqueline Moraes, que tem uma história de vida inspiradora e que dedica seu tempo à luta por políticas públicas voltadas às mulheres”, pontuou.
Debora Niero, diretora de Gás Canalizado e Energia, reforçou que competência e capacidade para assumir cargos de gestão não dependem do gênero. “É um passo para nós mulheres saímos da invisibilidade. No entanto, este pioneirismo traz uma responsabilidade ainda maior, associada à expectativa de atingir bons resultados”, disse.
A diretora Administrativa e Financeira, Bárbara Caniçali, explicou ser essa sua primeira experiência com a regulação sendo realizada somente com mulheres. “Sempre trabalhei em cargos subordinados à figura masculina. Hoje, posso comemorar uma conquista da técnica e da competência de termos mulheres tomando as decisões. Como sempre falo, isso não era para ser uma nova pauta, era para ser algo corriqueiro. Então, ser a primeira agência reguladora do Brasil dirigida apenas por mulheres é a clara demonstração de que a sociedade está deixando de lado alguns paradigmas obsoletos e entendendo que a competência técnica não está vinculada a uma identidade de gênero”, pontuou.
A diretora de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária, Kátia Muniz Côco, lembrou o trabalho desenvolvido na ARSP, que afeta serviços essenciais prestado à população, como água, esgoto, gás e rodovias, além da Agência estabelecer tarifas para esses serviços, criando um ambiente favorável para novos investimentos. “Assim, não há espaço para ingenuidade na execução destas tarefas. Para ocupar cargos de liderança de tamanha importância, são necessários conhecimento, comprometimento, tecnicidade e capacidade de diálogo”, enfatizou.