A mudança de clube sempre pode ser algo muito benéfico na carreira de um jogador. Porém, ao mesmo tempo, ter dificuldade em se adaptar ao novo ambiente e aos novos companheiros pode ser um passo errado que o atleta dá em sua carreira. Mas para o brasileiro Henrique Devens, a troca de equipes não poderia ter sido melhor.
Aos 24 anos, o jogador, nascido em Aracruz-ES, se transferiu nessa semana para o DFK Dainava, equipe da primeira divisão da Lituânia, após ficar meia temporada no FK Babrungas, equipe da segunda divisão do país. Contudo, no seu agora ex-clube, Henrique estava tendo um desempenho espetacular. Em 13 jogos (11 pela Pirma Lyga e 2 pela Copa da Lituânia), o atacante anotou 14 gols e 4 assistências em 1008 minutos em campo. Foram dois ‘’hat-tricks”, 18 participações diretas nos 30 gols (60%) da equipe da cidade de Plungé, além de precisar de 56 minutos para poder participar de um gol, seja marcando ou dando o passe.
No dia de sua apresentação oficial (01/07), Henrique já foi convocado para a partida contra o Panevėžys, no mesmo dia. O brasileiro entrou no segundo tempo e já em sua estreia, marcou um gol. No fim, o time visitante venceu o jogo, mas nada que estragasse a euforia do atacante:
“Semana muito abençoada! Tudo acontecendo muito rápido e hoje, na minha estreia, não poderia ser diferente. Entrei no segundo tempo do jogo e já pude marcar meu primeiro gol pelo novo clube! Triste pelo resultado final, mas extremamente feliz e grato por tudo que vem acontecendo na minha carreira”.
O assistente técnico da equipe foi um dos responsáveis por trazê-lo para o Dainava. Jogando agora em uma liga de mais visibilidade, o jogador agora está na expectativa de sair sua dupla nacionalidade de Luxemburgo, pequeno país da Europa que fica entre a Bélgica, França e Alemanha. Por causa de sua bisa avó, Henrique já entrou com pedido para tirar a nacionalidade e quem sabe, representar o país nas competições europeias no futuro.
“Hoje eu vejo a mudança de clube um ponto crucial pra que isso possa acontecer. Estar na primeira divisão trás mais visibilidade e o nível é mais alto. Minha vontade sempre foi grande em representar a Seleção Brasileira. Mas representar Luxemburgo, além de ser mais possível, também é um desejo porque traria um impacto positivo pra minha carreira”.