Um casal foi preso acusado de matar a manicure de Guarapari Niasia Alves do Santos, de 26 anos e, segundo a Polícia Civil, a mulher era amiga da vítima. As informações foram passadas pela PC durante coletiva de imprensa, na tarde desta quinta-feira (21).
Niasia saiu de casa no dia 22 dezembro, dizendo ao pai que iria encontrar uma amiga em Cariacica, e não deu mais notícias. No dia 24, véspera de Natal, o pai da jovem, Marcos Renan Santos, de 46 anos, procurou a Polícia Civil para fazer a ocorrência sobre o caso da filha.
A responsável pelo caso e titular da Delegacia de Homicídios e Proteção às Mulheres (DHPM), delegada Raffaela Aguiar, afirmou que a polícia chegou ao casal com a ajuda de pessoas muito próximas à manicure.
Mas, como os acusados preferiram ficar em silêncio durante o interrogatório nesta quarta-feira (21), as autoridades ainda não sabem o que pode ter motivado o crime.
Os dois são casados e foram presos na tarde desta quarta-feira (20), em casa, no bairro Feu Rosa, Serra, durante uma operação montada para cumprir os mandados de prisão temporária abertos em nome deles. De acordo com a polícia, o casal não tem passagem pela polícia.
Segundo a delegada, a mulher presa chegou a ser intimada para comparecer à delegacia em um momento da investigação. Aos policiais, ela contou que teria comprado a moto modelo CB 300, que a manicure usou para sair de casa, no dia em que ela desapareceu, mas que não teve mais notícias da vítima depois disso.
“Posteriormente nós fomos trabalhar nas investigações e descobrimos que a moto estava no interior do estado, na cidade de Mantenópolis com o irmão da investigada”, disse Rafaella.
Agora, a polícia está tentando descobrir se o casal agiu sozinho ou se teve o envolvimento de mais pessoas e qual foi a motivação. “A prisão foi temporária e as investigações continuam”, afirmou a titular da DHPM.
Corpo foi encontrado cinco dias após o desaparecimento da manicure
Segundo a Polícia, uma ossada foi encontrada em uma floresta de eucalipto, na Serra, no dia 27 de dezembro, cinco dias após o desaparecimento da jovem. Como estava em avançado estado de decomposição, precisaram fazer testes e conseguiram comprovar que era realmente o corpo da manicure.
“Foi um trabalho para tentar identificar e saber se era da mesma pessoa e com isso, foram surgindo diversas informações, tanto para nós, quanto para familiares da vítima”, disse a delegada Rafaella Aguiar.
No dia 12 de janeiro, o pai da vítima recebeu um telefonema do Departamento Médico Legal (DML) informando que havia chegado o corpo de uma mulher no departamento e que era de Niasia. A mãe da jovem esteve no local e confirmou que era a filha.
“Reconhecemos pelos cabelos, pelos pés e principalmente a tatuagem da mão”, disse a mãe em entrevista ao Jornal A Tribuna na época. A jovem foi enterrada na manhã do dia 13, em um cemitério na comunidade de Jabaquara, no interior de Guarapari. fonte: tribunaonline/ portaldenoticias24horas